Como condução de San Agustin ao Pasto

Last updated on January 23rd, 2021 at 08:28 pm

Caro leitor

Meu nome é Frank e tenho uma agência de viagens em Bogotá, Colômbia. Divirta-se enquanto lê!

Como condução de San Agustin ao Pasto

Deixamos para trás as esculturas de pedra de San Agustín e fomos para Pasto. Pasto é a capital do departamento de Nariño e fica no sul da Colômbia, perto da fronteira com o Equador. Planejemos a viagem de tal maneira que se dividisse em etapas; a nossa primeira parada foi em Mocoa. Neste povoado houve um deslizamento de terra faz uns meses devido às fortes chuvas. Houve muitas mortes e observando o leito do rio a pessoa pode-se imaginar a magnitude da devastação e o poder da natureza.

Pouco tempo depois, a estrada já não estava nivelada. O caminho para Sibundoy nos levou a um passo que é chamado carinhosamente o trampolim da morte.  A ladeira era muito íngreme e em geral, não era possível atravessar com os veículos que se aproximavam ladeira abaixo. Além do mais, os camiões sempre iam na beira da montanha. O caminho me lembrou mais e mais à estrada mais perigosa do mundo na Bolívia, sobre a qual assisti uma vez um documentário. Sebastián esteve calado todo o percurso.  Acho que o meu estilo veloz de montanhismo suíço lhe deixou os nervos à flor da pele e além do mais, podia-se apreciar que não estava muito contente com a vista, pois era possível calcular a altura de uma possível queda, a qual era muito grande devido à inclinação da zona. O fato de que estivesse chovendo e que ao mesmo tempo tivesse uma espessa névoa não fazia a viagem mais tolerável. Felizmente, estávamos num veículo construído para tais condições e pudemos adiantar várias vezes aos veículos mais lentos ladeira acima.

Diferente dos outros veículos, o nosso não estava equipado com uma bola de cristal que pudesse adivinhar o caminho sem ter que vê-lo.  Assim sendo, não podia adiantar em curvas ou na estrada em geral sem ter um mínimo de visibilidade, como faziam os outros.

Depois de uma subida de 3.500 metros, finalmente chegamos a terreno plano. O resto da viagem foi tranquila, já que a velocidade diminuiu consideravelmente devido ao grande número de veículos. Adiantar era quase impossível, pois mesmo os veículos mais lentos pisavam o acelerador a fundo nas trechos curtos para não serem adiantados e evitar assim, a vergonha que isto traz.

Assim que chegamos  numa zona mais plana, fizemos uma pausa para descansar e comemos uma enorme galinha assada para recuperar forças. O resto da viagem esteve cheio de curvas, mas mesmo assim foi muito mais relaxante depois de ter atravessado o passo.

Quando finalmente chegamos em Sibundoy, aproveitamos o ritmo que levávamos para chegar a Pasto nesse mesmo dia. Aproximadamente uma hora antes de chegar em Pasto passamos pela laguna de la Cocha, um dos mais lindos pontos turísticos da Colômbia. Aproveitamos a ocasião para tirar fotos do impressionante panorama. Quanto mais perto de Pasto estávamos, mais devagar o tráfico ficava. A velocidade se reduz a 30 quilómetros por hora e todos pareciam manter essa velocidade intencionalmente. É importante mencionar que os pastusos, gentilício para quem vivem em Pasto, têm tido de suportar um pouco da atenção nacional. Por razões que mesmo não consigo entender, os pastusos são objeto de zombaria em todo o país devido a uma suposta falta de inteligência.

Na realidade Pasto não pode ser descrita como uma cidade bonita; os hotéis são muito simples.  A duas horas do sul de Pasto fica a catedral de “Las Lajas“, um destino imprescindível nos seus pacotes de férias na Colômbia. Dita catedral foi construída entre 1916 e 1949. O monumento construído no vale simplesmente me deixou impressionado. Poucas vezes tive a oportunidade de admirar uma estrutura tão imponente como esta. A igreja dá a impressão de ter sido criada pelo mesmíssimo J.R.R. Tolkien, autor do livro “o senhor dos anéis“.

Depois dessa primeira impressão, pensamos que nada podia ser melhor, mas estávamos errados.  Duas horas depois chegamos no vulcão Azufral. Nunca tinha estado num vulcão, muito menos dentro de um deles. Depois de uma caminhada de 90 minutos, chegamos à Laguna Verde dentro da cratera a uns 4.000 metros, a qual fedia suspeitosamente a todo tipo de gases. Em alguns locais saia fumaça e borbulhava. Um guia local nos explicou que não existia razão para se preocupar. Felizmente, o guia falava inglês e por esse motivo foi parar de imediato na nossa lista de possíveis operadores turísticos.

Depois de duas horas de viagem regressamos a Pasto. Logo após de um dia tão longo e pesado, fomos felizes à cama, e antes de ficar dormido pensei «na Colômbia estou no lugar certo» e como tal recomendo para fazer turismo na Colômbia.

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