Safari nos llanos de Casanare Colombia

Last updated on January 23rd, 2021 at 08:25 pm

Caro leitor

Meu nome é Frank e tenho uma agência de viagens em Bogotá, Colômbia. Divirta-se enquanto lê!

Safari nos llanos de Casanare Colombia

Advertência para o leitor: este blog será um pouco mais longo, pois há muito para contar E a vontade de viajar poderiam contagiá-lo! E não, de novo não foram férias para mim ;-(

Casanare compara-se com o selvagem oeste dos Estados Unidos, a indústria local se baseia principalmente na pecuária.  Portanto, a gente vê vaqueiros cavalgando os seus cavalos por todas partes. O território é enorme; estende-se quase até a fronteira venezuelana e com uma superfície de 44.640 quilómetros quadrados, tem quase o tamanho da Suíça.   No passado a região se beneficiava das jazidas petrolíferas, mas desde o ajuste ao preço do petróleo faz um par de anos, as finanças se desestabilizaram. As provisões e investimentos para o futuro adormeceram. O turismo no local existe, mas é um fator irrelevante na economia local. O clima é cálido e constante durante o ano; há períodos de chuvas e tempos de seca.

Depois de chegar um sábado, logo de cinco horas de viagem, bebemos uma refrescante cerveja e tiramos uma soneca. Foi preciso se recuperar um pouco, depois de uma longa viagem de carro.  À tarde, fomos à festa de aniversário de uma prima de Eduardo (o meu irmão colombiano, por dizê-lo de alguma maneira). Ela fazia 15 anos e me explicaram que os quinze é a celebração mais importante na vida de uma menina, assim que eles não poupam esforços para fazer uma grande festa. A minha modesta alma se sentia um pouco incomodada, mas se adaptou rapidamente. A propriedade era impressionante: um belo jardim, uma piscina, uma discoteca, estábulos, casa principal e casa de hospedes, etc. A noite inteira esteve orquestrada por apresentações, grupos de dança, DJ e muita comida. O único contratempo foi que o álcool acabou cedo.  De turismo na Colômbia pode-se festejar muito bem, sem dúvida nenhuma.

Na segunda feira me reuni com Júlia e Andrés, os meus sócios locais. Andrés cresceu na região e Júlia é alemã. Conheceram-se na Inglaterra, casaram, e trabalham juntos no setor de turismo. O meu objetivo era experimentar as atividades disponíveis e obter uma impressão geral da oferta, assim que me convidaram ao seu sítio no seguinte dia.

Na terça feira peguei Júlia às 5:30 da manhã. Andrés tinha-se adiantado para reparar um problema com a encanação d’água. Primeiro dirigimos até o mercado para comprar o café da manhã e depois de uma hora de viagem, chegamos ao sítio. Andrés já estava pegando os cavalos. Quando ele chegou galopando ao estilo vaqueiro acompanhado de uma manada de cavalos, fiquei muito impressionado. Cumprimentou-nos afetuosamente e depois coloquei umas galochas, comecemos.

Primeiro, tive que pegar o meu cavalo e foi mais difícil do que pensava.  Depois de umas 100 tentativas, finalmente o laço rodeou o pescoço do animal e pôde chamá-lo de meu. Logo após, tivemos que selar os cavalos e botar as rédeas e os estribos. Recebi uma introdução sobre como devia tratar a besta e como devia realizar os giros. Fiz várias manobras no lugar e todo pareceu marchar bem. O meu cavalo era o único com piloto automático, porque logo após que soltei as rédeas, começou a se movimentar sozinho.  No mais, o animal era absolutamente nobre.

Fomos  explorar o lugar, Andrés ia na nossa frente. Primeiro fomos a um bosque e logo depois a um rio. Detivemo-nos várias vezes para receber informações sobre a diversa flora e fauna do lugar. Finalmente, paramos um momento ao lado de um bosque e descemos a explorar caminhando. Procuramos uma ave específica, mas aparentemente não se encontrava em casa. Tinha macacos nas árvores que observavam detalhadamente cada um dos nossos passos; eu estava muito entusiasmado, assim que tirei muitas fotos Sentia-me como um menino num zoológico! Novamente no cavalo, abrimo-nos passo através de pradarias e vacas curiosas. Era hora de experimentar a máxima velocidade do meu cavalo e pôde chegar à seguinte conclusão: os cavalos são rápidos, galopar é muito extenuante para o cavaleiro E é muito divertido!

Depois de galopar e ficar exausto, voltei a velocidade normal. Logo após fomos cavalgar num rio.  Esta experiência posso recomendá-la a qualquer um que deseje realizar na Colômbia turismo ecológico, é simplesmente fantástica. De volta ao sítio, houve café da manhã e me despedi de ambos.

Na quarta feira visitei alguns locais da região para ver se tinham potencial turístico. Mesmo quando neles se produz café e cacau, os povoados não brilharam pela sua beleza. A paisagem é, porém, das melhores.

No domingo já estava acordado às cinco da manhã porque marquei um encontro com Seco, um guia local. Marcamos numa estrada perto a Trinidad (na Colômbia a pessoa encontra nomes de todos os países e cidades do mundo ?) onde já nos tínhamos encontrado uma vez faz aproximadamente dois anos.  Nessa época, ele fez uma apresentação sobre como se deve cruzar um rio nadando sobre um cavalo. O seu apelido também é “el gran llanero“. Alguns anos atrás participou num concurso de três semanas, onde teve que se testar em disciplinas como: cavalgar, capturar gado, montar gado, procurar anacondas, orientar, cruzar rios com animais e muito mais.  Os seus olhos iluminavam-se enquanto narrava a história, com as lembranças a flor de pele. Além do mais, como muitos llaneros (llanos é como chamam região inteira), ele sempre anda descalço.

Fui com Seco no meu carro e dirigi até a primeira fazenda. Até esse momento, não tinha-me surpreendido o potencial turístico da zona, mas o que viveria nos seguintes dias me convenceria de fato. Vimos um sem-número de pássaros, capivaras, jacarés, cervos, cavalos, tartarugas, lagartos e muito mais Era como estar num safári africano!

Além das ruas e edifícios, no meio da natureza, um sem fim de diversas espécies de animais se reúnem ao redor das jazida d’água Não há necessidade de procurá-los, eles mesmos se apresentam em bandeja de prata e Seco os conhece todos: as plantas, os animais, ele tem respostas para todas as perguntas.  Esse safári tem sido um dos mais lindos que já tenha vivido, e é um dos pontos turísticos da Colômbia. Sem dúvida nenhuma, enviarei meus pais ali.

Depois de passar toda a manhã observando animais, depois do almoço fomos dirigindo para uma pequena chácara à tarde para completar o dia com uma viagem de canoa.  Um espetáculo único tem lugar à tarde, quando aves de diferentes cores e rasgos posam nas árvores à beira rio.

Na sexta feira o highlight era a visita à fazenda La Aurora. A minha família colombiana me proibiu ir de carro, já que ao parecer o ELN (Exército de Libertação Nacional) abandonou a mesa de negociação e começou algumas escaramuças na região. O ELN é de muito menor porte do que eram as FARC e, pelo momento, os acordos de paz seguem em marcha.  Pelo tanto, decidi viajar em voo charter e convidei Júlia a vir comigo. Em geral, posso dizer que a viagem de avião é muito recomendável, já que há uma pista na fazenda e ver a paisagem desde o avião é simplesmente espetacular. Os preços também são razoáveis.

A fazenda La Aurora é enorme e de frondosa vegetação. Com aproximadamente 5000 cabeças de gado, pertence a uma das maiores empresas da região. Os donos decidiram faz alguns anos cuidar e proteger a natureza e os animais.  No local também habitam onças manchadas e pumas. Na realidade, a zona é maravilhosa e tem muitos animais. Um sonho para todos os entusiastas da observação de animais e da fotografia.

O lugar oferece uma grande variedade de atividades, tais como: pescar, procurar e capturar anacondas, contemplação noturna, dentre outras. O único problema é a hospedagem.  Mesmo quando a infraestrutura geral é linda, calafrios invadem à pessoa ao ingressar às habitações. Poderia comparar perfeitamente a qualidade da hospedagem com um motel velho de baixa qualidade. Eu, pessoalmente, preferiria passar a noite numa rede, o qual também é ofertado. O outro problema são os preços, e aqui devo ser completamente honesto; a situação pode-explica-ser com o fato de que a fazenda atualmente é uma espécie de monopólio. Porém, tenho certeza que isto poderá mudar nos próximos anos, pois outros fornecedores já estão se preparando para receber turistas e oferecer tours espetaculares a preços razoáveis.  La Aurora deverá, pelo tanto, fechar a brecha entre qualidade e preço nos próximos anos, vamos conferir.

No futuro, comercializarei a Casanare de maneira ativa.  A natureza, os animais, a comida e as pessoas são simplesmente geniais. Passar as férias como um vaqueiro ou num safári, é uma viagem que de todo jeito valerá a pena.

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